É mais que comum as pessoas apaixonadas, as que amam reciprocamente pelo menos, falarem dos seus sentimentos como um grande amor.
E isto levou-me a pensar: não existem amores de tamanho normal, amores pequenitos? Amores mal-dispostos, embirrentos, magros, patolas, obesos? Amores cabeludos, mal-cheirosos, pegajentos? Amores pega-monstro, amores tatuagem?
Amor cheio de esterco e amor lavadinho?
Com tantos adjectivos, opta-se pelo Grande.
Ninguém diz ter um bom amor. Parece demasiado técnico, como se estívessemos a falar de um carro. No entanto, bom amor transmite segurança, não?
E como se mede um grande amor?
Resposta uníssona dos apaixonados: com o coração!
O amor torna as pessoas previsíveis nos adjectivos?
Se calhar.
Acho que, sobretudo, fá-los sentir que não há amor tão forte como aquele que sentem.
Pode parecer pretencioso e, se calhar até é, mas a dimensão do amor importa mesmo e somente, a quem o sente.
É quase como uma mãe que acha o seu filho o mais lindo do mundo.
E o resto são conversas.
2 comentários:
o meu filho é o mais lindo do mundo...
é um bom amor.
E como é que se quantifica isso? grande como? De 1 a 10, quantifique o seu amor. Bom, verdade seja dita, que nestas coisas do amor, esta parte da teoria e das palavras não serve para nada.
(Eu gosto de dizer que o amor dele é lindo, só porque sei que há de facto amores bem mais bonitos que outros.)
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