Anda corrompido
o cheiro,
por aí
alterado.

Anda maltratado o toque
e o beijo
após beijado,
cuspido!

24.3.10

Como foi o dia d'ELA?


Uma bela treta, diga-se de passagem.
Mas houve quem tivesse um dia bem pior que o meu.
Hoje não produzi quase nada! Não fui um bem para a sociedade.

PARTE I:
À hora do intervalo, uma auxiliar da minha escola recebe a notícia que a sua mãe estava muito mal .
Começa a senhora num pranto e a maldizer a sua sorte... que ia ficar sozinha com o seu filho... a lamentar-se por não ter ido vê-la de manhã, como é seu costume.
Viviam juntas.
Apesar de ter uns dias que já não estava a ver bem a senhora devido ao que já falei, fiquei "cheia de dó dela".
Sentei-me à sua frente e ela segura-me na mão. A chorar tanto. E pronto... de vê-la chorar, chorei também.
De repente, confirma-se a notícia: a mãe tinha falecido.
A senhora entra num histerismo, eu quase em pânico, toda a gente sem saber o que fazer... e zás... dá-lhe um badagalho para o meio do chão.
-Cristo Credo! Chamem o bombeiro! O bombeiro! (só para esclarecer: o nosso chefe é bombeiro e naquele momento queríamos o bombeiro e não o professor/coodenador/chefe.)
Lá veio! Lá orientou! Lá se ligou para a ambulância. Lá foi a senhora para o hospital acompanhada de uma colega nossa.

PARTE II:

De tarde, uma mãe vem falar-me da sua filha, minha aluna, que está com graves problemas de coluna, de má alimentação... isto em frente aos pequenos. Aproveitei para lhes dar um sermão porque se sentam mal e alimentam-se pior ainda.
Mas a mãe, um bocado sã, começa a desabafar e, antes que se esticasse, pedi-lhe para falar comigo fora da sala.
Assim o fez e fiquei a saber umas coisas da sua vida privada que eu dispensava saber. (No ano passado, contou-me uns pormenores do seu body, que eu pagava para ela não me tivesse contado)
Mas pronto. Ouvi a srª e dei conselhos ligeiros (convém não aconselhar demais, ou alguém poderá te vir a bater à porta depois... ou a riscar o carro).
Acabaram as aulas

PARTE III:

Decidi ir ao ginásio, mas como faltavam uns vinte minutos, optei por responder a uma sms da minha amiga R, ligando-lhe.
1 hora, 24 minutos e 38 segundos depois termino o telefonema.
Ou seja, não fui ao ginásio.
Meti no altifalante. Fui conduzindo até ao shopping. Estacionei. Tirei do altifalante. Entrei na Zara. Escolhi roupa. Experimentei roupa. Saí da cabine de provas. Vi nova roupa. Voltei a entrar. Pedi um número acima (não estou ainda como quero). Vesti. Despi. Vesti-me. SEMPRE A FALAR AO TELEMÓVEL. Pode? Pode. Eu ouvia mais do que falava. Ela tinha bem mais a dizer que eu. E eu gosto de ouvir, mas depois de tanto tempo, tinha a orelha a doer e já estava atordoada.
Quando ela me disse que tem de desligar, só lhe digo: Ainda bem. Vai-me dar jeito. (minha querida amiga. Excelente pessoa. Capacidade de resumo zero. Mas a culpa é minha porque nem lhe disse que estava num vestiário)
Saí e não comprei nada.
NADA!
Vi uma pessoa conhecida. Parei para falar e passado um bocado ela diz-me que tenho a orelha super vermelha. (Eu estava a sentí-la em fogo).
A verdade é que por duas ou três vezes que senti o chão a rodar.
Tonta!
Depois fui fazer compras.
Vim para casa. Fiz o que tinha que fazer.
E agora relaxar.
Estou a precisar.

5 comentários:

LP1 disse...

é a minha menina; mimosa e sentimental com uns enormes e sempre disponíveis orelhões

PIRII disse...

Mas afinal? Correu bem o dia ou não?

CS disse...

Dispensava um dia destes! Apenas ficava com a parte de chamar o bombeiro (a parte mais emocionante do dia). O resto ZERO! Fica todo para ti.

Paulo Afonso disse...

A mim pareceu um dia bastante produtivo... principalmente a parte da ZARA é tão terapêutico ir para lá chatear os empregados e não levar nada, não é?

Maria disse...

concordo com xada san

consola-me a revirar tudo sabendo que não vou ter que arrumar nada depois

verdadeira terapia :)